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Manual de Sobrevivência para Convenções de Vendas (com lições poderosas para quem organiza)

  • Writer: Thamires Silva
    Thamires Silva
  • Apr 26
  • 6 min read

Imagine a cena: você, sentado há horas em uma cadeira desconfortável, bocejando enquanto assiste a uma sequência infinita de slides coloridos, com gráficos indecifráveis.


O ar-condicionado no modo Polo Norte. E o discurso? Um sonífero corporativo embalado em PowerPoint.

Se você já sobreviveu a uma convenção de vendas de 8 horas nessas condições, meus parabéns: você é um verdadeiro guerreiro corporativo.

Eu mesma nunca participei exatamente de uma convenção de vendas, mas já encarei eventos em que as palestras eram tão sonolentas que até quem não bebe café — como eu — pensava em recorrer a um para aguentar.

E é justamente olhando por esse lado — o lado de quem está na plateia — que construí este manual.

Aqui, vou compartilhar as dores mais comuns vividas pelos participantes, aquelas que podem (e devem) servir de bússola para quem organiza uma convenção de vendas.

Porque convenções de vendas são, acima de tudo, para quem participa. E quando você entende isso, o impacto acontece naturalmente.

As dores reais de quem está na plateia E o que elas ensinam a quem organiza

1.     A Programação Interminável

Visão do Participante:

“Sinto que tô vendo uma sequência interminável de apresentações com 58 slides cada… sem direito a pausa para respirar.”

Quem já participou de eventos assim sabe: chega uma hora em que nem o melhor conteúdo do mundo salva. O corpo dói, a mente dispersa, o cansaço toma conta.

O excesso de informação, sem pausas estratégicas, transforma qualquer convenção num verdadeiro teste de resistência física e mental.

Insight para o Organizador:

Se você quer que sua convenção seja lembrada (pelos motivos certos), trate o tempo como um aliado.

Em vez de enfileirar palestras sem parar, pense em respiros inteligentes ao longo da programação: momentos de pausa real, interações leves, dinâmicas rápidas, uma mudança de ambiente ou até mesmo um alongamento.

Quando você cria esse ritmo mais humano, respeita o ciclo de atenção do seu público e faz com que cada conteúdo seja absorvido de verdade — e não apenas "assistido no automático".

Uma convenção de vendas inesquecível não é a mais longa, nem a mais lotada de palestras. É aquela que respeita o tempo, a energia e o cérebro de quem está ali.

2.     O Coffee Break sem amor

Visão do Participante:

“Pão de queijo murcho, suco quente e nenhuma tomada por perto.”

O intervalo deveria ser aquele momento de respiro, conexão e recarga — mas em muitos eventos, vira apenas uma fila apressada atrás de um café duvidoso e petiscos esquecíveis.

Sem contar o desespero para encontrar uma tomada viva no meio do salão.

Insight para o Organizador:

O coffee break é tão parte da experiência quanto a palestra principal. Subestimar esse momento é desperdiçar uma chance valiosa de encantar.

Eu lembro bem das duas vezes em que participei do Hotmart Fire. Apesar de não ser exatamente uma convenção de vendas, e sim um evento de marketing, ficou claro como a organização pensou em cada detalhe: postos estratégicos de abastecimento de água, tomadas bem distribuídas, banheiros acessíveis e opções variadas de alimentos para todos os gostos.

Isso faz toda a diferença.

Invista em snacks de verdade, ambiente confortável, opções inclusivas (e gostosas), tomadas disponíveis e um espaço que convide o networking a acontecer naturalmente.

Pequenos detalhes constroem grandes experiências. E seu público percebe — mesmo sem dizer uma palavra.

3.     O Palestrante Genérico

Visão do Participante:

“Mais um falando sobre tubarão e águia no mesmo slide. Socorro.”

Tem palestras que parecem ter saído da mesma cartilha dos anos 2000: frases prontas, metáforas batidas, slides lotados e zero conexão real com a plateia.

Em vez de inspirar, cansam. Em vez de marcar, passam despercebidas.

Insight para o Organizador:

Um bom palestrante não é apenas alguém que fala bem. É alguém que entende o público, entrega conteúdo com relevância e cria conexão emocional. Histórias reais, vivência de mercado, senso de humor na medida certa, exemplos aplicáveis ao universo da equipe… tudo isso faz diferença.

Eu mesma nunca participei de uma convenção de vendas, mas já tive a oportunidade de assistir a uma noite de palestra com o Leandro Branquinho, onde ele falou sobre A Magia das Vendas — uma apresentação inspirada no jeito Disney de encantar clientes.


Foi dinâmica, divertida, cheia de sacadas práticas e, principalmente, envolvente do começo ao fim. Eu gostei demais e super recomendo!

Leandro Branquinho é referência quando o assunto é palestra de vendas que realmente engaja.
Leandro Branquinho é referência quando o assunto é palestra de vendas que realmente engaja.

Se você está procurando alguém que entende o universo de vendas com profundidade, entrega conteúdo aplicável e ainda arranca risadas da plateia, vale conhecer o trabalho do Leandro. Ele fala com quem vende — e fala a língua de quem está no campo de batalha todos os dias.

📲 Quer levar essa experiência para a sua equipe? Entre em contato pelo WhatsApp: (11) 93950-9932.

Na hora de escolher os palestrantes da sua convenção, fuja do “motivacional genérico”. Aposte em quem entrega o que seu time realmente precisa ouvir (e viver).

4.     Falta de Interação Real

Visão do Participante:

“Fiquei 8 horas ouvindo… e ninguém me ouviu.”

É frustrante quando o evento todo é construído como uma via de mão única: palco fala, plateia escuta. Só que quem está ali também tem repertório, vivência, dúvidas, insights.

E quando nada disso é ouvido ou valorizado, a experiência perde força — e o engajamento despenca.

Insight para o Organizador:

Participar é diferente de assistir. E o público sente a diferença.

Dinâmicas simples, perguntas abertas, interações em dupla, QR codes para respostas em tempo real, momentos para ouvir quem está na plateia — tudo isso transforma a experiência.

E mais: dá a sensação de pertencimento.

A interação não precisa ser forçada, nem invasiva. Mas precisa existir.

Uma convenção de vendas de verdade coloca o público no centro da narrativa. Porque quando as pessoas se sentem ouvidas, elas se conectam. E quando se conectam… elas se transformam.

5.     O Kit Brinde Inútil

Visão do Participante:

“Ganhei uma caneta que falha e um squeeze que vaza.”

Você já deve ter saído de algum evento carregando um kit que parecia mais uma sacola de “tralhas corporativas”.

Itens genéricos, sem utilidade, sem identidade… e que, na maioria das vezes, acabam esquecidos (ou doados) logo no dia seguinte.

Insight para o Organizador:

Brindes são mais do que um agrado: são parte da narrativa do evento.

Eles comunicam a atenção aos detalhes, reforçam o posicionamento da marca e ainda criam vínculos emocionais com quem participa. Por isso, vale pensar neles com a mesma dedicação com que se pensa no conteúdo.

Pode ser algo útil (como um caderno bonito, uma ecobag resistente ou um carregador portátil), algo criativo (um mimo personalizado, um item temático) ou algo sensorial (como snacks, aromas ou objetos que remetem a experiências).

Não precisa ser caro. Precisa ser pensado.

Pense no brinde como um “gift box de boas-vindas” — e não como um “encalhe de estoque de escritório”.

6.     A Falta de Emoção

Visão do Participante:

“Tava tudo certinho… mas esquecível.”

Alguns eventos entregam tudo o que prometeram no papel: bons conteúdos, ambiente organizado, cronograma respeitado.

Mas, mesmo assim, algo falta.

Falta arrepio. Falta brilho no olho. Falta emoção.

E o que não emociona… dificilmente fica na memória.

Insight para o Organizador:

Momentos marcantes não surgem do acaso — eles são construídos com intenção.

Trilha sonora envolvente, iluminação que muda o clima, vídeos com histórias reais, depoimentos emocionantes da equipe, uma surpresa bem encaixada no roteiro. Tudo isso ajuda a ativar o que realmente importa: o sentimento de conexão. A emoção é o que transforma a convenção em experiência.

Quando o participante ri, se emociona, se vê na história contada… ele se conecta de verdade. E quando isso acontece, o conteúdo não só é lembrado — ele é sentido. E o que é sentido, é transformador.

7.     O Pós-Convenção que nunca vem

Visão do Participante:

“Teve selfie, teve grito de guerra, teve meta… e depois, silêncio absoluto.”

É comum sair de uma convenção cheio de energia, com ideias borbulhando, motivado a colocar tudo em prática… e nunca mais ouvir falar do evento. Nenhum e-mail. Nenhum resumo. Nenhum reforço.

O que era pra ser um ponto de virada vira só mais um marco no calendário da empresa. Insight para o Organizador:

O pós-evento é parte do evento.

É nele que você reforça aprendizados, mantém a motivação ativa e mostra que tudo aquilo que foi vivido não acabou no “até logo”.

E-mails de agradecimento, vídeos com os melhores momentos, infográficos com os insights principais, desafios para a equipe aplicar o que aprendeu… tudo isso ajuda a prolongar o impacto.

Mais do que encerrar, o pós-convenção deve continuar a conversa.

Quem organiza precisa entender que a experiência não termina quando a última palestra acaba. Ela continua — na prática, na memória e na cultura da equipe.

Convenções são para quem participa, não para quem organiza

Organizar uma convenção de vendas é um baita desafio — mas também é uma grande oportunidade.

Oportunidade de escutar de verdade o que sua equipe sente. De entregar uma experiência que não só motiva, mas transforma. De criar momentos que saem do auditório e entram na história da empresa.

Ao longo deste artigo, você viu as dores mais comuns de quem participa desse tipo de evento. Agora, imagine usar cada uma delas como um mapa.

Um mapa que aponta o que evitar… e principalmente, o que fazer melhor.

Porque convenções de vendas não são sobre slides.

Nem sobre brindes.

São sobre pessoas. Sobre escuta. Sobre conexão real.

Organizar uma convenção inesquecível é como contar uma boa história: quem ouve precisa rir, pensar, se emocionar… e querer compartilhar.

 

 
 
 

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