Como escolher o palestrante ideal para sua convenção de vendas
- Thamires Silva
- Apr 4
- 6 min read
Uma palestra pode ser só mais um momento na programação. Ou pode ser o momento que muda tudo.
Empresas que entendem a força de um bom discurso sabem: quando o palestrante certo sobe ao palco, algo se transforma — no clima do time, na energia da convenção e, muitas vezes, nos resultados que vêm depois.
E não é à toa que o setor de eventos no Brasil está em plena ascensão.
A ABRAPE (Associação Brasileira de Promotores de Eventos) estima que o consumo no setor – que inclui palestras – chegue a R$ 141,1 bilhões em 2025. Um crescimento de 8,4% em relação a 2024, já descontada a inflação. Só até outubro do ano passado, o mercado já havia movimentado R$ 108,3 bilhões, com previsão de fechar 2024 em R$ 130,1 bilhões.
Em um mercado que cresce rápido e exige cada vez mais impacto, escolher o palestrante certo é uma decisão estratégica — e não pode ser baseada apenas em gosto pessoal.
Como diz Edílson Lopes, fundador da K.L.A.: “uma palestra é uma missão”. E toda missão bem-sucedida começa com um plano.

Neste artigo, trago os critérios essenciais (e os erros mais comuns) para acertar em cheio na escolha do palestrante da sua convenção — seja ela de vendas, liderança ou qualquer outro tema que mereça ser levado a sério no palco.
Os critérios que realmente importam
Edílson Lopes, fundador da K.L.A. — uma das maiores referências em treinamentos corporativos no Brasil — é direto ao falar sobre a escolha de palestrantes para convenções: o primeiro passo não é escolher o palestrante. É escolher a mensagem.
Parece simples, mas não é raro ver empresas começando pelo nome e só depois tentando encaixar um conteúdo que faça sentido. O resultado? Uma palestra bonita, mas desalinhada com o que o time realmente precisa ouvir.
Critério 1 – Definir a mensagem antes do palestrante
O palestrante ideal é aquele que tem autoridade sobre a mensagem que a empresa precisa transmitir. E essa mensagem precisa estar clara desde o início:
A convenção vai inspirar ou ensinar?
O objetivo é motivar a equipe de vendas?
O momento da empresa pede energia ou reflexão?
Definir isso com clareza é o que transforma uma palestra em ferramenta estratégica, e não apenas em entretenimento.
Critério 2 – Envolver a equipe na escolha
Outro ponto crucial, segundo Edílson, é não centralizar a decisão em uma única pessoa.
A escolha do palestrante deve refletir os objetivos do evento como um todo, e envolver outras lideranças — como RH, marketing ou coordenação comercial — pode trazer visões importantes sobre o que realmente precisa ser dito no palco.
Além de mais alinhamento, isso gera pertencimento. Quando a equipe participa da escolha, ela também se compromete mais com a mensagem.
Critério 3 – Avaliar antes de contratar
Por último, mas não menos importante: pesquisa é tudo. Antes de bater o martelo, Edílson orienta: analise pelo menos três a cinco opções de palestrantes. Assista a vídeos, leia artigos, procure depoimentos.
É o mínimo para garantir que o tom, a linguagem, a postura e a entrega combinam com o perfil do seu evento — e com o da sua equipe.
Palestra não é aposta: é investimento com hora marcada para gerar impacto.
Os erros que colocam tudo a perder
Mesmo com boas intenções, muitas empresas acabam caindo em armadilhas clássicas na hora de contratar um palestrante. Erros que, no papel, parecem pequenos – mas que no palco se tornam grandes o suficiente para comprometer o impacto de todo o evento.
Edílson Lopes compartilhou os principais deslizes que presencia com frequência. E se você estiver organizando uma convenção, vale ficar atento a cada um deles:
Erro 1 – Escolher com base no gosto pessoal
É tentador contratar alguém porque você viu em outro evento e achou incrível. Mas a pergunta mais importante não é “eu gostei?”, e sim:
“Essa pessoa é a mais indicada para falar com o meu time, neste momento, sobre esse assunto?”
Uma palestra é feita para a audiência, não para agradar quem contrata. Escolher com base apenas no gosto pessoal é transformar uma escolha estratégica em decisão emocional.
Erro 2 – Não fazer um briefing completo
Um bom briefing é o fio-condutor entre o que a empresa precisa e o que o palestrante entrega. Quando ele é mal feito (ou simplesmente ignorado), abre-se espaço para ruídos, improvisos fora de contexto e até desconexões com a cultura da empresa.
Erro 3 – Não definir se a palestra é técnica ou motivacional
Antes de contratar, é essencial entender o momento do time.
A equipe precisa de conhecimento prático ou mais motivacional?
O objetivo é entregar ferramentas ou provocar mudanças de atitude?
Erro 4 – Ignorar o tempo acordado
Todo palestrante sério se prepara para entregar sua mensagem dentro de um tempo estipulado. Estender (ou reduzir) esse tempo de última hora pode comprometer o ritmo, a estrutura e até o impacto final da apresentação.
Respeitar o tempo é respeitar o planejamento. E também o público.

O que vai além da mensagem (mas importa tanto quanto)
Uma boa palestra vai muito além das palavras ditas no palco. Existem outros fatores – muitas vezes ignorados – que influenciam diretamente no sucesso da entrega. Escolher um bom palestrante não é só escolher conteúdo: é escolher clima, conexão e coerência.
Aqui estão alguns pontos que merecem tanta atenção quanto o tema da palestra:
– Estilo e formato de entrega: o palestrante é mais técnico, provocador, humorado ou inspirador? Ele usa storytelling, apresenta dados, provoca interação com a plateia?
Essas escolhas dizem muito sobre como a mensagem vai ser recebida. Um mesmo conteúdo pode ter efeitos completamente diferentes dependendo da forma como é conduzido. Por isso, avalie se o estilo dele combina com o perfil do público e com o tom do evento.
— Alinhamento com os valores da empresa: não basta que o palestrante saiba o que dizer. Ele precisa estar alinhado com o como dizer. Isso envolve linguagem, postura, ética, sensibilidade ao contexto da empresa e até visão de mundo.
Quando há desalinhamento de valores, mesmo que sutil, o público sente. E a mensagem perde força.
— Capacidade de personalização: palestrante bom estuda a empresa antes. Personaliza exemplos. Menciona desafios reais. Faz a plateia se sentir parte do discurso – e não só espectadora.
Evite profissionais que oferecem uma palestra “pronta” como produtos de prateleira. O conteúdo pode até ter estrutura, mas a entrega precisa ser viva, contextualizada e feita sob medida.
Pós-evento: o impacto continua?
Alguns palestrantes oferecem materiais complementares, conteúdos digitais ou formas de reforçar a mensagem depois do evento. Isso ajuda a manter viva a transformação que começou no palco – e a estender o aprendizado para além do ambiente da convenção.
Vale perguntar: a palestra termina no aplauso final ou pode render frutos nos dias seguintes?
Se esse é um ponto de atenção para você, recomendo a leitura deste artigo: Convenção de vendas acabou? Veja como garantir resultados – com estratégias práticas para manter o efeito da convenção vivo no dia a dia da equipe.
Quando o palco vira ponto de virada
Escolher um palestrante não é sobre encher uma agenda de convenção. É sobre marcar um antes e depois no time.
Quando bem feita, uma palestra pode abrir mentes, destravar vendas, resgatar o brilho nos olhos de quem estava no automático.
Mas isso só acontece quando a escolha é estratégica, conectada com a mensagem, com o momento da empresa e com quem vai ouvir cada palavra.
Como disse Edílson Lopes: “uma palestra é uma missão”. E toda missão importante exige planejamento, clareza e critério.
Por isso, da próxima vez que você for escolher um palestrante, comece pela mensagem, envolva seu time, analise com cuidado e vá além do palco. Porque o impacto que você busca não nasce no microfone — nasce na intenção por trás da escolha.
Quer garantir uma palestra que realmente faz a diferença na sua convenção de vendas?

Leandro Branquinho é especialista em vendas e liderança, com uma entrega que une conteúdo prático, energia no palco e conexão real com a plateia.
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Thamires Silva Redatora
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